"Uso óculos há tanto tempo que hoje não me vejo mais sem eles. E toda vez em que alguém me pergunta quando o aposentarei partindo para uma operação, lembro do documentário “Janela da Alma” e acabo vendo que eles são mais do que uma necessidade ou um adorno: são parte de mim (tanto que vira e mexe arrumo os meus óculos mesmo quando estou de lentes de contato)"por: Antonio Fabiano Junior / São Paulo – SP
Outro dia assisti na TV a Bete Lago falando sobre os milhares de óculos que ela tem e os que ela mais ama. Na hora pensei que seria um bom assunto, pois assim como ela, sou meio obcecada por óculos. Tenho muitos modelos, cada um mais diferente que o outro e quando saio para trabalhar, combino a roupa com os óculos. De um tempo para cá preciso deste acessório para ler - sucks! Resolvi fazer do limão uma limonada. Compro os mais coloridos e dos mais diferentes e diferentes shapes pelo mundo afora, e para mim o tradicional de arinho fino pode ficar bem no rosto de todo mundo, menos no meu. Os de sol são os meus favoritos, e quando gosto de um modelo, compro vários iguais de diferentes cores. É o caso do modelo acima. A Paris Hilton e a JaLo também só usa este modelo, que é Dior.
Bom, daí veio a lembrança do documentário "A Janela da Alma", que vocês devem assitir abaixo, depois de ver os óculos da Bete Lago...pois é muito interessante...Espero que gostem!
Deixando de ser um fardo, o óculos ganha status de diversão, identidade e personalidade. A marca americana Warbyparker além de ter belas peças com preços honestos (e fotos dos modelos em pessoas, muito mais legal do que os óculos em si) co-relaciona a venda de seus produtos à doação de peças para pessoas que não podem pagar
Atrás desses óculos tem um cara legal…
"Janela da alma': belo ensaio da miopia à cegueira ,foi para responder à indagação sobre o que muda na vida e na personalidade de uma pessoa com alguma deficiência visual - da cegueira à miopia -, que surgiu o documentário 'Janela da alma'. A pergunta partiu dos próprios diretores, os míopes João Jardim e Walter Carvalho, ambos estreantes na direção de um longa-metragem, que desde a infância têm como parceiros os óculos de vários graus. Carvalho, sete graus de miopia, é atualmente um dos mais requisitados fotógrafos de cinema - já fotografou, por exemplo, 'Central do Brasil' e 'Abril despedaçado', ambos de Walter Salles, e 'Lavoura arcaica', de Luiz Fernando Carvalho - e co-dirige um filme pela primeira vez. Já João Jardim, oito graus de miopia, tem maior experiência em filmes publicitários e procurava um argumento para um longa ficcional, mas decidiu abordar o tema visão durante um passeio de táxi por Nova York, quando brincava com o tirar e pôr dos óculos e com as imagens desfocadas que surgiam.
- O que me chamou a atenção foi a possibilidade de ver duas realidades diferentes e achar a realidade errada, abstrata, a mais bonita. Tive a noção clara que o que olhamos depende muito da nossa interpretação e resolvi refletir sobre isso num filme - diz Jardim.
- O que me chamou a atenção foi a possibilidade de ver duas realidades diferentes e achar a realidade errada, abstrata, a mais bonita. Tive a noção clara que o que olhamos depende muito da nossa interpretação e resolvi refletir sobre isso num filme - diz Jardim.
A partir daí, ele e Carvalho passaram dois anos pesquisando o tema e entrevistando psicólogos, oculistas, físicos, filósofos e artistas. Ao todo foram feitas 52 entrevistas, mas na edição ficaram 19, das quais algumas surpreendentes, como a do escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura e autor, entre outros, de 'Ensaio sobre a cegueira'. Apesar de usar óculos, Saramago não quis discorrer sobre o assunto e preferiu falar sobre o poder do olhar, citando a alegoria da caverna de Platão, que conta a história de um grupo acostumado a ver o mundo apenas pelas sombras que aparecem no vão de uma caverna.
- Nunca vivemos tanto o mito da caverna como nos dias de hoje - diz o escritor.
Segundo Carvalho, o depoimento mudou sua vida.
- A entrevista de Saramago extrapola a visão. É um discurso sobre o excesso e sobre a banalização de imagens no mundo moderno. Ele diz que o que estamos vendo é uma realidade maquiada, são sombras, como na alegoria. Entrei na casa de Saramago uma pessoa e saí outra - diz Carvalho.
Outro depoimento cativante é o do músico Hermeto Pascoal, que disse ter pedido a Deus para tirar-lhe a visão por um período para desenvolver outras formas de percepção. Para Jardim, é o momento mais brilhante do filme.
- Ele diz também: 'Eu vejo bem porque não sei como os outros vêem'. É brilhante, porque é um depoimento simples e sintetiza bem o que é o filme. Vivemos em um mundo de aparências e de excesso de imagens, que nos deixam um pouco cegos. Olhamos e não enxergamos - diz.
Além deles, também foram entrevistados o cineasta Wim Wenders, que na infância andava pela casa de olhos fechados para tentar entender como vivia a tia cega; o fotógrafo cego esloveno Eugen Bavcar, que conta como seu olhar interior capta as imagens que irá trabalhar e mostra o ensaio de uma sobrinha fotografada por meio do tilintar de um sino preso à saia; o poeta Antonio Cícero, a cineasta Agnes Varda, o escritor João Ubaldo, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo e a artista plástica Carmela Gross, entre outros.
Após tantos depoimentos, Jardim acredita que conseguiu responder à pergunta que gerou o documentário:
- A deficiência visual torna a pessoa mais reflexiva e com maior facilidade para desenvolver seu olhar interior, porque, querendo ou não, usar óculos ou ser cego nos torna diferente dos outros - diz ele.
Segundo Carvalho, o depoimento mudou sua vida.
- A entrevista de Saramago extrapola a visão. É um discurso sobre o excesso e sobre a banalização de imagens no mundo moderno. Ele diz que o que estamos vendo é uma realidade maquiada, são sombras, como na alegoria. Entrei na casa de Saramago uma pessoa e saí outra - diz Carvalho.
Outro depoimento cativante é o do músico Hermeto Pascoal, que disse ter pedido a Deus para tirar-lhe a visão por um período para desenvolver outras formas de percepção. Para Jardim, é o momento mais brilhante do filme.
- Ele diz também: 'Eu vejo bem porque não sei como os outros vêem'. É brilhante, porque é um depoimento simples e sintetiza bem o que é o filme. Vivemos em um mundo de aparências e de excesso de imagens, que nos deixam um pouco cegos. Olhamos e não enxergamos - diz.
Além deles, também foram entrevistados o cineasta Wim Wenders, que na infância andava pela casa de olhos fechados para tentar entender como vivia a tia cega; o fotógrafo cego esloveno Eugen Bavcar, que conta como seu olhar interior capta as imagens que irá trabalhar e mostra o ensaio de uma sobrinha fotografada por meio do tilintar de um sino preso à saia; o poeta Antonio Cícero, a cineasta Agnes Varda, o escritor João Ubaldo, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo e a artista plástica Carmela Gross, entre outros.
Após tantos depoimentos, Jardim acredita que conseguiu responder à pergunta que gerou o documentário:
- A deficiência visual torna a pessoa mais reflexiva e com maior facilidade para desenvolver seu olhar interior, porque, querendo ou não, usar óculos ou ser cego nos torna diferente dos outros - diz ele.
Amei esse post ! Também adoro óculos ! Bjs e cada vez mais sucesso !!
ResponderExcluirNão sei o que anda acontecendo, mais não consigo acessar a internet e não dar uma passado no seu blog.
ResponderExcluirEstou ficando viciada.
Adorei o post dos óculos.
Beijos
Marcela Jobim
Ai que beleza!! Adoro gente viciada no meu Blog!!!
ResponderExcluirAmei!!adoro óculos, lendo seu post, vou fazer também do limão a limonada, vou começar a usar óculos para ler, então será até divertida essa brincadeira.
ResponderExcluirbjinhos jack.
Sua seleção de óculos está sensacional. Lindos e charmosos.
ResponderExcluirJá que estamos falando em sentidos... além da visão que é primordial, a audição é tão importante quanto... aproveitando o link, sugiro um serviço de utilidade pública! Brasília não tem nenhuma radio SÓ de música clássica!!!Tem a Brasilia FM, da Lucia Garófolo que prestigia a música clássica em alguns horários. A maioria das capitais do Brasil tem canais só de música clássica. Brasilia não tem!!!Monica, por favor, pq vc não faz uma campanha no seu Blog para Brasilia ter um canal só de classicos. Por favor!Nada como escutar música classica em um stress de transito. Relaxa, acalma.E cá para nós, o transito de BSB está ficando difícil.
Falando em FM, gostaria de saber quais são as 6 melhores FMs de Brasília. Vc pode me informar??
Complementando o meu comentário anterior.A Rádio Mec só toca música classica, é uma maravilha. Só que aqui em Brasilia não tem, só tem no RJ e em SP, não é um absurdo?
ResponderExcluirTambém estou viciada, haha. Mas é que é muito bom passar alguns momentos do nosso dia aqui, é divertido, interessante, bom demais. Adorei esse os últimos posts!
ResponderExcluirCarla Limongi
Esse filme me emocionou bastante, vale a pena ser lembrado, e quem não viu, tem que ver. Beijo, Mônica. Carla Limongi
ResponderExcluirQuerida fã anonimo(O), adorei seu comentário soibre as rádios FMs. Vou postar sobre as rádios de Brasilia. Aguarde!Difa seu nome, tá???
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