24 de novembro de 2010

Amo o Bispo do Rosário!


Amigas,
Desde que ouvi pela primeira vez a história do artista Arthur Bispo do Rosário fiquei completamente fascinada. As voltas que a vida dá me colocaram em uma situação que tive condições de, por meio do trabalho frente ao Programa Senado Inclusivo, de trazer a primeira exposição dele para Brasilia. Hoje em dias as obras do Bispo são mais mostradas no exterior, uma vez que o seguro é altissimo, então o curador preparou uma mostra dos objetos dele que fossem viáveis e vai mostrar aqui. Leiam a curta biografia dele e se emocionem... Amo tudo isso!

O Famoso Manto do Bispo
Custa E$ 600.000,00 de seguro para ser exposto
NÃO, ELE NÃO VEM!

Para quem é curioso vale a pena pesquisar e ver as obras dele.
 Eu tenho um álbum dele, posso mostrar com cuidado para minhas fãs de Blog

NEGRO, POBRE, LOUCO
Arthur Bispo do Rosário, nasceu em Japaratuba – SE, no ano de 1909 (ou 1911, não se sabe ao certo), descendente de escravos africanos.

Em 1925, muda-se para o Rio de Janeiro e torna-se marinheiro. Foi campeão brasileiro e sul-americano de boxe na categoria peso leve pela Marinha.

Em seguida, passa a trabalhar na Light, empresa carioca de fornecimento de energia, e como lavador de bonde e borracheiro. Sofre um acidente de trabalho e resolve ajuizar uma ação contra a empresa, ocasião em que conhece o advogado Humberto Leoni, que passa a representá-lo na demanda judicial.

Começa a trabalhar na casa do advogado, como empregado doméstico, fazendo serviços diversos e residindo no local.

Na noite de 22 de dezembro de 1938, procura o patrão motivado por alucinações que lhe diziam que deveria apresentar-se à Igreja da Candelária. Peregrina pelas ruas, dirigindo-se a várias igrejas. Por fim, chega ao Mosteiro de São Bento, onde declara aos monges ser um enviado de Deus, incumbido da tarefa de julgar os vivos e os mortos.

É preso como indigente e demente, sendo conduzido ao Hospital dos Alienados, um hospício situado na Praia Vermelha. Um mês depois, é transferido para a Colônia Juliano Moreira, no bairro de Jacarepaguá, onde permaneceria por cerca de cinqüenta anos.

Foi diagnosticado como portador de esquizofrenia paranóide - que é um dos quatro tipos principais dessa patologia -, caracterizada pela ocorrência de visões, alucinações, sentimentos de perseguição e em que é comum o doente escutar vozes (FRANÇA, 2007).

A partir desse período, começa a produzir seu trabalho artístico, motivado por um pedido de Deus para que reconstruísse o universo e registrasse a passagem divina pela terra.

Aí, começa a história de Bispo do Rosário como artista plástico.
Estima-se que elaborou cerca de 1.000 peças, que permaneceram como propriedade da Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, hoje desativada comoo instituição manicomial e transformada no Museu Arthur Bispo do Rosário.

Bispo faleceu em 1989.